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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Cronicas da Cidade - Ubatuba

ENCONTRO

Autora: Dirce Marangoni

       
     O caixão já fechado, evitou aquele impacto de ter que se olhar o defunto pálido no meio das flores, sob o véu roxo, o terço entre os dedos...
           –Fulana, como vai? Há quanto tempo... Faz já dois anos que nos encontramos... Foi na missa de sétimo dia de sicrano... Pois é, a vida é assim mesmo... descansou... depois de tanto sofrimento...
A conversa de sempre, os parentes de sempre que só se encontram nesta triste hora.            A tarde estava tão bonita, um pouco fria, um céu cor de rosa, tudo calmo, ninguém chorando, nem a viúva, com aquele ar resignado, parecendo mesmo, de um certo alívio.          Também, mais de ano, com aquela doença, minando aos poucos, desenganado, neurastênico, irascivo mesmo, difícil de suportar, foi até uma bênção seu pensamento.      No horário marcado, carregando o caixão, filhos e amigos mais chegados...
 Como o túmulo era no outro extremo do cemitério, o trajeto do velório até lá, foi lento.
O cortejo seguia aos grupos, relembrando algumas passagens da vida, que nem tinham nada a ver com o morto.
 –Você recorda o dia que caiu do bonde? E a vez que ficou presa no elevador, duas horas, só você e o negão ascensorista? A conversa seguia neste ritmo descontraído, uns risinhos abafados...
Prazer do reencontro, dos parentes, dos amigos de longa data.
Descida do caixão, filhos, esposa, jogavam sua pá de terra e aquela frase voltada à memória: “Do pó vieste, à ele voltarás!”
Dando por falta do tio, procuraram e ele se achava atrás de um belo túmulo, todo em mármore preto, Família Pastore.
E o tio, com muito respeito, pedindo licença e desculpando-se, mas precisava com urgência se desaguar, e ali era um lugarzinho providencial.
Quando voltava, outro velhinho, também apertado, procurava um local adequado. O tio apontou-lhe o cantinho, deu uma piscada e saiu para se despedir dos últimos retardatários. Bem, como não deu para pôr as fofocas em dia, um grupo se reuniu e a noite terminou numa bela cantina do Brás, com direito a música italiana, cantada por um japonês, mágicas do garçom e por fim, um freguês posto na rua, porquê queria beber no balcão. Um grande aviso dizia: “Não servimos bebida no balcão, não insista.” E ele insistiu...
Pra terminar aquele dia, nada como uma brigazinha das boas, nada de tiros, nem facadas, só uns sopapos bem dados, escorregões no molhado, muitas risadas e quando perguntaram ao porteiro, o que aconteceu com os dois rapazes e ele respondeu:
-Que rapaz? Não sei de nada... O que foi? 


Conto premiado em sua 4a edição em 2o lugar no Concurso Washington de Oliveira
                                                Fundart -Ubatuba      

Juíza usa sua própria história para desmascarar as falácias da tão propalada meritocracia.


Símbolo da resistência

Ana Júlia discursou na quarta-feira (26) na tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná para defender a legitimidade das ocupações de escolas como forma de luta pela qualidade da educação pública.
Segundo a ombudsman da Folha, uma espécie de ouvidora que atua sob a perspectiva dos leitores do jornal, a cobertura da imprensa é tímida para a dimensão da luta dos estudantes contra a reforma do ensino médio (MP 746) e contra a PEC 55 (antiga PEC 241) que congela investimentos na educação por 20 anos.

Do Canal O Mundo segundo Ana Roxo


Explicações simples para assuntos complexos 

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