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quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

O CANTO DA CASUARINA E O SILÊNCIO DOS LIBERAIS

              Por Alexandre Meira

             
            Historiadores do futuro tenham piedade de nós. Sabemos, e aqui falo em nome dos leitores que concordam com o conteúdo desse artigo, do tamanho da encrenca que vocês estão lidando ao procurar entender essa democracia latina em plena crise de puberdade no amanhecer do século XXI. Trabalho árduo. Apesar de ser este um dos principais cuidados do historiador profissional, sabemos como deve ser difícil aos olhos de quem, advindo sabe-se lá de qual contexto futuro – que suponho eu, enquanto civilização, há de caminhar sempre para frente –, tenta enxergar como o presente de hoje conseguiu dar um duplo twist carpado pra trás em menos de três anos. Mas acreditem: É novidade para muitos de nós aqui também. Pelo menos para mim que nasci e cresci junto com o último período democrático brasileiro. Mesmo poucos que possamos ser, sabemos e conscientes estamos, de que não fazemos, e não queremos fazer parte, desse caldo de ódio institucional de classe e hipocrisia fascio-religiosa que vem se tornando o Brasil. Salvo conclusões inevitáveis e necessárias acerca deste tempo, o que quero dizer, junto com inúmeros leitores desse blog, em português claro, seria: Nos inclua fora dessa!! Claro que confio no trabalho de vocês, contudo peço encarecidamente que não nos generalizem a todos, em nome dos gloriosos pepinos que o futuro ainda nos reserva e que podem estar no colo de vocês neste exato momento. Hoje, um ano depois de um golpe parlamentar, após a consolidação de uma quadrilha profissional no governo federal, no meio de uma onda conservadora gélida varrendo o país, assistindo boquiaberto a Lava Jato ser desmoralizada e se desmoralizando dia-após-dia, e, como brinde, ainda, sofrer com a imposição de uma agenda ultraliberal, em forma de pato inflável, arrochar a população mais pobre do país em busca de uma “modernização”, chega-se fácil, fácil a conclusão de que no Brasil não há um dilema a ser enfrentado, o Brasil, hoje, é o dilema.
            Falo em dilema por ser impossível não destacar o rebuliço que tomou conta da imprensa corporativa quando o assunto são as eleições do ano que vem. Principalmente a cada rodada de pesquisas eleitorais envolvendo a disputa presidencial de 2018. Outro dia, no rádio, estava ouvindo o Sardenberg, reconhecido jornalista político da CBN. Pois é, CBN... eu sei... ainda tento. Após o anúncio dos resultados da última pesquisa de intenção de votos para presidência da República do ano que vem, na qual o ex-presidente Lula figura em primeiro lugar (e já há algum tempo, inclusive), o que se viu foi um autêntico barata voa no estúdio da rádio com inúmeros comentaristas políticos fazendo malabarismos analíticos inimagináveis tentando justificar o absurdo de ainda termos um político como o ex-presidente, que: 1) Está envolvido no maior escândalo de corrupção do país, portanto no epicentro da Lava-Jato (e do Power- Point!... não resisti), 2) É recém condenado e está diante de uma iminente inelegibilidade fulcrada pelo TRF-2. E pior, atribuindo ao povo brasileiro uma suposta chaga moral, com comentários para lá questionáveis quanto ao gosto. Fazer o quê, se a criança feia não faz o que os pais ensinam que é certo, né? Pois é... Os analistas da CBN botavam ovos de pata de tanta incredulidade com o fato de Lula figurar como presidenciável mais provável, e com viés de alta.
            Impossível não achar graça. Primeiro do choque duro deles com a realidade. Segundo com o nítido senso de vira-lata, em atribuir ao povo uma suposta culpa, como se a houvesse, linkando subliminarmente programas sociais com venda de votos disfarçada. Bem, amigos historiadores, vocês já sabem o resultado dos eleições, mas vamos combinar que isso é muito engraçado. Se programas sociais são vendas de votos, por que isenções fiscais milionárias a empresas e conglomerados também não seriam? E o perdão de dívidas previdenciárias? Quem, se fosse dono de uma Riachuelo, por exemplo, não votaria em quem perdoasse suas dívidas de milhões, caso existam? Quem não faria doação de campanha??!!
Olha... Difícil, mesmo, é não acreditar na tão falada teoria das bolhas de realidade. O que as redes sociais estão fazendo com a interação entre grupos sociais nesse século é uma revolução por completo. Ainda bem que vocês, amigos historiadores, já estudaram bastante sobre isso. Pra gente ainda é uma novidade.  As distâncias encurtadas pelas redes sociais não levaram tão somente a uma aproximação de fato, mas a uma clivagem em diferentes identitários. Com um perigoso encurtamento do pavio da tolerância também... Estamos muito mais próximos uns dos outros, mas só de quem realmente concorda ou manifesta afinidade conosco, valendo o contrário senso a quem se opõe a nós. Claro! Voltamos a Idade Média e vivemos em feudos. A tal ponto que, por exemplo, tomamos contextos fechados e tematicamente definidos, em que por afinidade reúnem-se pessoas e segmentos, como se fosse a mais pura e verdadeira realidade. Essa é a bolha! E a Imprensa Corporativa brasileira vive na sua. Como ela não foi democratizada ainda, e, principalmente, segue comprometida com uma agenda que não passou pelo crivo das eleições, só consegue se surpreender com o fato de que existe vida inteligente fora do alcance de seu canhão ideológico, quando ela se mexe na sua frente. Vide resultado da pesquisa supracitado. Mal consegue entender a existência de outras bolhas além da sua. E, principalmente, não questiona sequer a própria eficácia hoje desse poderoso canhão ideológico que ela manipula.
            Imagine que se, por dedução, tomemos que o Mercado, essa entidade impessoal e potente de manifestação na realidade, é por essência pragmático. E ele é, sabemos disso. O que seria então da base da pirâmide social que vivemos, o chamado Povo, essa entidade também potente de manifestação? Sim, porque para os analistas políticos da CBN pode-se colocar em pauta noções de uma pretensa cultura de individualismo rasteiro, a tal da Lei de Gerson, como uma justificativa social à moral desviante do brasileiro manifesta em pesquisas de intenção de voto. Como se fosse um simples dois mais dois. Um raio X cultural com base no que essa entidade, o Povo, escolhe como favorito ao cargo que mais pode interferir em sua própria realidade. Qual seria a conclusão, amigos? O Povo brasileiro é mau caráter?
É uma ironia da minha parte, claro. Jamais entenderia uma mídia altamente concentrada e ideológica sem uma agenda política prévia, a aplicar a cada momento político que esse país apresentar como oportuno para ela. Sem ingenuidade. A bolha do Jornalismo de Guerra desses últimos tempos tenta na verdade dissuadir a capacidade daqueles que margeiam o foco de seu canhão ideológico de fazer escolhas pragmáticas, tal qual o sagrado Mercado faria. Sob o filtro moralista de quem constata uma alma corrompida. Façamos então o seguinte exercício: Tente ver fora da bolha, se o Mercado, principalmente após um Golpe Parlamentar, pode se valer de corruptos contumazes para implementar sua agenda de país, mesmo que isso interfira nocivamente na capacidade de toda uma população herdar um futuro de acordo com o que vendeu de seu esforço sob forma de mais-valia. Por que o Povo, não poderia se valer de nomes questionáveis ou até de corruptos para fazer valer a sua própria agenda?
Amigos, é uma pergunta dura. Difícil para ser feita. Difícil para ser respondida. E que precisamos infelizmente encarar. Longe de julgamentos de quem seriam esses tais “nomes”. Deixo a cada um que responda para si mesmo, respeitando sua bagagem ideológica, respeitando todo o espectro político possível de onde venha tal leitor. A pergunta é a mesma. E não pensem que há aqui uma defesa da candidatura de Lula, por que o ano de 2018 provavelmente será uma arca de Noé quanto a diversidade da fauna política disponível. Nós poderemos escolher à vontade. A maravilha da Democracia está na capacidade de se acertar e, principalmente, de se errar coletivamente. Como disse antes não é o país que não atravessa um dilema, o dilema é o país. E nesses momentos difíceis, em quem você confia, a que você se apega?
Isso me fez lembrar um conto antigo do folclore das inúmeras ilhas do pacífico: Certa vez um garoto acordou e viu sua aldeia sendo massacrada por invasores. Imagens aterrorizantes. Um pai em desespero, antes de morrer mandou que o filho fugisse dali, não parasse para ninguém na mata e corresse. “Mas pra onde vou?”, disse o menino provavelmente em lágrimas. “Tenha calma e ouça tudo que puder!” Foi essa a enigmática frase do pai ao final. “Fuja!”, acrescentou. E o garoto largou todo seu passado ardendo em chamas e simplesmente correu durante horas. No caminho passou a ter muito medo, não confiava em nada, nem em ninguém que cruzasse, até que chegou a várias bifurcações no caminho, que se enredavam infinitamente para um lugar que para ele era ainda desconhecido. Cansado do sofrimento, sentou e chorou de desespero. Anoitecia e ele simplesmente não sabia para onde ir. Não sabia o que fazer. Foi quanto do nada ele sentiu que junto com o vento que soprava seu rosto um assobio mavioso e leve fez-se ouvir. Eram as árvores, lembrou de muitas delas perto de onde seu pai costumava pescar. Devia estar perto de lá, e poderia pescar pra comer. Ele se levantou, limpou as lágrimas e sem pensar seguiu para onde vinha o som mergulhando no labirinto de bifurcações que se apresentava.
A história não acaba aí. De acordo com a região o conto tem alguns finais tristes e outros felizes. É um registro de história oral repassado por gerações, e que é base popular dos mitos que envolvem as famosas árvores que cantam em todo sudeste asiático. O curioso da história é que tais árvores são as ancestrais de nossas conhecidas casuarinas, que povoam o nosso país inteiro. Quem já esteve perto de uma sabe do que eu estou falando, impossível num dia de vento não parar alguns segundos para ouvir. O elemento universal que esse conto nos apresenta é como lidar com o medo, esse sentimento ancestral. Sempre tomamos o caminho de autopreservação, individualista, o caminho mais lógico, mesmo que não saibamos que futuro pode aparecer daí. Isso nos conforta. Nada muito abstrato. Somos pragmáticos nessas horas. O medo talvez seja a vibração mais em alta do país hoje: medo do desconhecido, medo dos negros, dos gays, dos pobres, medo do conservadorismo, medo dos corruptos, medo da sufocante violência urbana, e por aí vai. O medo das diversas linhas editoriais que compõe o uníssono cartel de mídia brasileiro em assumir que em uma democracia ideias são postas à prova em debates públicos, e podem ser negadas. Como já foram. Medo de ouvir o canto que vem de fora da bolha, principalmente quando não se sabe para onde ir. Ou quando se acha que tem muita certeza. A Democracia é o canto da casuarina por que ela oferece uma solução prática no caos. Independente se essa solução será boa ou ruim. Mas ela pactua. Ela estende a mão ao máximo de pessoas que ela consegue alcançar. Um país que não escuta suas casuarinas não é um país democrático.
A implosão do centro político ocorrida nessa atual crise proporcionou algo diferente no país. Há um fosso entre dois ou mais brasis, isolando-os, e é desse fosso que as instituições imploram que nasça um novo Rei Davi que unifique as mais diferentes tribos desnudadas pela quebra do pacto. Sim, amigos historiadores, o pacto democrático foi quebrado, vocês já devem saber. Normalmente os pactos democráticos no Brasil duram um pouco mais de 30 anos. Infelizmente. E o pacto atual trouxe consigo uma coincidência macabra: O fato de ter sido gestado e assassinado pelo mesmo grupo político, O PMDB. Tal partido hoje é um amontoado de coronéis e suas bases políticas altamente fisiologizadas. Ocorre que durante a reabertura democrática, o PMDB, composto então por grandes nomes, foi uma das siglas que ironicamente ascendeu a pira que iluminou as trevas brasileiras durante saída do Regime militar. Essa pira veio a se transformar na Constituição de 1988. Assina a autoria um de seus principais nomes: Ulysses Guimarães. Vinte e oito anos depois, por conta do Golpe Parlamentar de 2016 perpetrado pelo próprio PMDB, partido da base aliada do governo, sepultamos a Quarta República brasileira.
A imagem é célebre: Ulysses Guimarães brandindo o “livrinho” nas mãos promulgava a “Constituição cidadã”. Mas como toda peça jurídica que se pretenda Carta Magna, ela possuia erros, quase inevitáveis e verificáveis só depois. Sérgio Sérvulo de Cunha, Ex-procurador do Estado de São Paulo em artigo citou pelo menos três: Primeiro a inexistência de ferramentas jurídicas que protegesse o povo dos efeitos do neoliberalismo, que ainda estava para chegar, mas já se espalhava pelo mundo, acreditou-se que, para preservar a Democracia, bastavam os instrumentos da Constituição de 1946; segundo, o quórum de 3/5 (que é inferior ao da nossa tradição política) para a reforma da lei magna; e por último os exagerados poderes contemplados ao Supremo Tribunal Federal, que derradeiramente nos falhou. Contudo, o que se considerava antes o maior erro da Constituinte: a produção de uma peça eminentemente analítica, revelou-se um acerto: o povo sempre desconfiou dos poderes constituídos. Havia razão nisso, pois vimos que foram estes que, conchavados com os históricos inimigos da democracia constitucional, viriam a golpeá-la. Algozes cruéis foram também os congressistas, que vieram desfigurando o texto constitucional com quase cem emendas; foram eles que, liderados por Cunha, do PMDB, e mesmo sem causa jurídica sustentável, quebraram o pacto democrático, afastando uma presidente incompetente para lidar com a crise, mas que além de eleita pelo voto popular, não lhe foi atribuída qualquer crime de responsabilidade. Lições tiraremos quando se restaurar a democracia, estamos tomando hoje uma surra da História, mas castigo de mãe sempre dá resultado. Pena que a conta  a ser paga seja tão alta justamente para aquela tal entidade impessoal que futuramente escolherá quem guiará nossos passos, e quer queira, quer não, é gerida por um pragmatismo frio, que sempre desponta nas horas de crise... Se você, por acaso, ainda acha que eu estou falando do Mercado, desculpe: Falo do povo. Não se decepcione, com as escolhas dele, por mais incoerentes e até injustas que possam parecer. Lembre-se: Business as usual.
E por falar no tal do Mercado, amigos historiadores, o que chama a atenção é o silêncio dos liberais frente as múltiplas denúncias de corrupção de seus agentes políticos parceiros. Ao contrário da grita armada quando os corruptos eram os outros. Mas os liberais brasileiros têm dessas. Veja: O Brasil talvez seja o terreno mais infértil para a propagação dos valores liberais, falo dos verdadeiros valores liberais. Quatrocentos anos de escravidão souberam apenas produzir oligarquias conservadores entupidas de herdeiros, ostentando dinastias políticas. O self made man por essas bandas morre de inanição se não se associar aos oligarcas. E assim fez-se a luz: Nasceu por essas bandas o tal do Capitalismo de compadrio. Desse caldo fedorento e perigoso surgiu o liberal brasileiro, e o seu personagem principal: o liberal de botequim, capaz de unir em um só discurso princípios neoliberais e truculência autoritária, isso quando não vomita preconceito contra minorias. Há plateia para isso nesses anos. Por que? Deve ser fascinante para os cérebros mais subterrâneos ouvir alguém falar por você todos os preconceitos e horrores de sua alma, quando você mesmo está impedido de vocifera-los por uma certa censura social, certo? Pois então, com mais de dez anos de redução de desigualdades sociais, uma hora esse personagem tipicamente brasileiro, a quem chamo de liberal de botequim, iria sair furioso do armário e alcançar as ruas com a camisa da CBF. Mesmo que não fosse por muito tempo.
Mas não esqueçamos, o liberalismo brasileiro é um ornitorrinco. Os liberais brasileiros dependem do Estado, adoram o Estado, mais do que em qualquer outro lugar. São oligarcas na essência. E como princípios apresentam um claro viés: Privatiza-se lucros, reduzindo o Estado, socializa-se os prejuízos, após. A estes temos acesso in natura aqui na terra da sonegação fiscal das grandes empresas (afinal precisamos atrair investimentos, né?). A que preço? O da barbárie? Só que saibam que para eles ainda há uma vantagem estratégica nesse atual momento histórico: Como a agenda neoliberal é impossível de ser aceita se submetida à debate, e pelo crivo das urnas, por ser profundamente desigual e avassaladora com a realidade dos mais pobres, poupando-se privilégios, aponta-se o caminho do conservadorismo cultural como saída, e por onde há uma massa de acólitos conservadores neopentecostais que irá trilhar, em nome de Deus, agregando valor eleitoral ao liberalismo... de botequim. Mas hoje, por enquanto, só há silêncio.
Lembra do fosso que eu falei? Aquele aberto, dividindo o Brasil, até que alguém surja dos escombros do centro, no espectro político. Verdadeiros necromantes da Democracia têm saltado e corrido espalhando ódio, soluções infalíveis e principal dúvidas na cabeça da população brasileira, já acostumada a tanta pancada. São os tais outsiders. O biônico Luciano Huck, pelo PRGT (Partido Rede Globo de Televisão), é candidato a ser o Berlusconi da vez, uma versão, talvez, loucura, loucura, loucura, ...mas o que pensar de Dória e sua proposta de gestão empresarial-midiática tão sem sustância como uma farinata?  E nem pense em olhar quem está na borda do outro lado do fosso, por que pode ser que você tenha vontade de pular nele de uma vez: O capitão Jair Bolsonaro, cabra macho, pero no mucho, defensor do método das piores ditaduras, incluindo a tortura, soletra com todas as letras seu preconceito contra gays, negros e mulheres. Este homem religioso, cristão convicto que é, é o mais novo best friend forever dos princípios liberais, contrariando toda a inclinação estatizante de seus ídolos, os generais da última ditadura militar. Vai entender... cabe a nós aceitarmos. Diante disso é muito mais fácil entender como o medo recorrente e o cansaço pode nos fazer pragmáticos diante de um futuro sem perspectivas. Um pesadelo real. O pior de se quebrar um pacto é não ter forças para se criar outro. Basta verificar que por onde passaram as primaveras árabes derrubaram-se regimes, mas em sua maioria ergueram-se regimes ainda mais conservadores, desequilibrando um arranjo social muitas das vezes favorável aos mais pobres de acordo com a cultura local, isso quando não trouxe a mais cruel barbárie. 
Os liberais de botequim, contrariando os seus princípios clássicos, não se valem da Democracia. Eles cavalgam na história desse quadrante do planeta, deslumbrados com o capital internacional, montados em regimes ditatoriais ou, na impossibilidade deles, de assépticos golpes brancos. Por aqui, digo, se quiser realmente saber como funciona um Brasil conservador e retrógrado, vote num liberal, por mais absurdo que isso possa parecer. Talvez por isso, o menino triste na estrada sem saber por onde ir, só tenha coragem de seguir para onde o canto mavioso da casuarina aponta. Mesmo que isso não pareça ser o certo aos olhos dos outros. Mesmo sem ter a certeza se realmente isso vai dar certo. Mas só porque era a maneira mais fácil de fugir de um sofrimento que o pragmatismo de outros os obrigou a enfrentar.


Juíza usa sua própria história para desmascarar as falácias da tão propalada meritocracia.


Símbolo da resistência

Ana Júlia discursou na quarta-feira (26) na tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná para defender a legitimidade das ocupações de escolas como forma de luta pela qualidade da educação pública.
Segundo a ombudsman da Folha, uma espécie de ouvidora que atua sob a perspectiva dos leitores do jornal, a cobertura da imprensa é tímida para a dimensão da luta dos estudantes contra a reforma do ensino médio (MP 746) e contra a PEC 55 (antiga PEC 241) que congela investimentos na educação por 20 anos.

Do Canal O Mundo segundo Ana Roxo


Explicações simples para assuntos complexos 

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