Seguidores

sábado, 18 de junho de 2011

Crõnicas da Cidade

Crônicas da Cidade, trata-se de pequenas estórias ubatubenses, retratados pelos nossos ilustres autores que através dos seus relatos, conseguem transmitir com humor, uma Ubatuba nos tempos mais remotos e uma Ubatuba nos tempos atuais.

RANCHO DOS SKATES
Por Júlio César Mendes
      
    Sempre ao entardecer, depois da pescaria e das vendas dos peixes, depois da lavagem nas canoas, dos entralhos e remendos nas redes, depois da varrida em volta do velho ranchinho, enfim, depois de cumprirem o cotidiano e a lida do dia-a-dia, Fifo e Alfredo Vieira, sentavam aos pés dos abricoteiros e punham conversa fora: contavam casos, relembravam acontecimentos, planejavam pescarias e, de todos os sentimentos, eles falavam sobre o futuro. O que seria o futuro?
Das coisas materiais o que eles tinham de mais precioso era o velho ranchinho, pois foi ali que eles cresceram, sustentaram suas famílias, educaram seus filhos...O velho ranchinho abrigava suas canoas, seus remos, seus balaios, suas redes, seus anzóis...foi o velho ranchinho que garantiu suas subsistências, suas dignidades.
    
        -Não tem jeito, compadre! Um dia vamos perder nosso ranchinho! Falou Fifo.
        -Ééééé compadre! Deveriam fazer uma homenagem a ele coloca o nome da praça!
        -Ééééé compadre, se eu fosse doutor ou fosse um político, talvez a praça teria o seu nome!
        -Ëéééé compadre! Ta lá o exemplo. Homenagearam Santos Dumont! Lá no Perequê a avenida tem o nome do governador Abreu Sodré, tem rua com nome de Pandareco e Marechar Pisca o disco...
        -Nào é Pisca o disco compadre; é Marechal Pilsudski e não é Pandareco e sim Paderewsky.
        -É esse mesmo compadre! Em vez de a rua ter o nome desse tar de Piscodisco, que nunca ninguém viu, deveria ter o nome do saudoso Benedito Hilário, grande fazedor de balaio e o maior pescador de garoupa de Ubatuba; ele era dono daquela terra toda lá!
        -Ééééé compadre! Não esquente a cabeça com isso e pode ter certeza que quando nós morrer, vão quebrar nosso ranchinho, vão cortar nosso abricoteiro e até os guaroçás terão que se mandar daqui, e pode ter certeza que nunca lembrarão de nós.
        -Ééééé compadre! Você disse bem! Só depois que nós morrer, por que enquanto eu for vivo, ninguém encosta no meu ranchinho, e se vão lembrar de nós ou não, não faz mal!
        A conversa continuou por muito tempo entre os dois compadres; foram dias, mesese anos... a conversa voava pelas nuvens, canoava além do horizonte do mar diante de seus olhos, vagava pelos tempos e se deparava com a incerteza do futuro. O que seria deles? O que seria de seus velhos ranchinhos? O que fariam naquele local?
        O tempo passa e a velhice chega... Chegam também a morte e a matéria do homem vira pó. Nunca jamais devemos esquecer desses homens, mesmo que não tenham sido doutores, políticos ou militares e sim por que foram homens que fizeram parte da história do povo caiçara, ajudaram e desenvolver a cidade e deixaram raízes; estão aí seus filhos, seus netos, seu povo; o povo caiçara.
        Pois é amigo Fifo, amigo Alfredo Vieira! Vocês imaginavam que ali no lugar dos seus velhos ranchinhos construiriam uma pista de skate, uma ciclovia, uma obra de lazer e descontração???
       –Vocês imaginavam isso? Talvez não! Mas acredito que vocês gostaram e que estão felizes por saberem que no local do velho ranchinho, crianças irão se divertirem e passarão o tempo em atividades físicas, praticarão esportes, e muitos deles, com certeza estarão fora do mundo das drogas e dos vícios.
        Amigo Fifo, amigo Alfredo Vieira; tenho certeza que aonde quer que vocês estejam, vocês estão contentes e mais contentes ainda, vocês ficariam se a pista de skate, recebesse o nome de vocês. Quem sabe os doutores políticos homenageiem os caiçaras doutores dos mares, colocando um singelo monumento dizendo;
RANCHO DOS SKATES “JOÃO SERPA E ALFREDO VIEIRA”.

Juíza usa sua própria história para desmascarar as falácias da tão propalada meritocracia.


Símbolo da resistência

Ana Júlia discursou na quarta-feira (26) na tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná para defender a legitimidade das ocupações de escolas como forma de luta pela qualidade da educação pública.
Segundo a ombudsman da Folha, uma espécie de ouvidora que atua sob a perspectiva dos leitores do jornal, a cobertura da imprensa é tímida para a dimensão da luta dos estudantes contra a reforma do ensino médio (MP 746) e contra a PEC 55 (antiga PEC 241) que congela investimentos na educação por 20 anos.

Do Canal O Mundo segundo Ana Roxo


Explicações simples para assuntos complexos 

Beautiful!! Muy Bueno! Very nice! Very cool ! Bravo. :)