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sábado, 11 de junho de 2011

Crônicas da Cidade: ORATÓRIO DOS PEIXES


            Crônicas da Cidade, trata-se de pequenas estórias ubatubenses, retratados pelos nossos ilustres autores que através dos seus relatos, conseguem transmitir com humor, uma Ubatuba nos tempos mais remotos e uma Ubatuba nos tempos atuais.
Por Fátima Aparecida de Souza
                                                                                                                          
           
                                                                                                                       (Ilustr: Lili Rebuá)

            Virgínio era um desses sujeitos que, não se sabe por que cargas d’água, acabara-se sozinho na vida. Os mais antigos caiçaras diziam que esse tipo de pessoa que acaba solitária, geralmente sempre brincou de viver, nunca assumiu sua realidade.
            Pescava, jogava truco com camaradas de rede, morava numa casa de pau-a-pique esburacada, que sempre adiava para arrumar e quando ventava, balançava muito; mais nada que algumas folhas de bananeiras não dessem jeito.
            Religioso, era capelão como fora seu pai. Sua fortuna era um oratório enorme cheio de imagens de santo, herança dos antepassados, uma tarimba com um colchão de capimbecá e um fogão de lenha. Além de um bando de gatos com quem dividia o pouco espaço.
            Um dia, depois de uma pescaria, em que deu para encher três samburás de pampo, voltou para casa, preparou uns dois peixes para comer e não sabia o que fazer com o resto, pois era muito. Dividir com os outros? Mais custa, quem quisesse que fosse pescar! Naquele tempo, geladeira era coisa de ficção. Se deixasse os peixes ali, os gatos fariam festa. Uma idéia passou lhe passou pela cabeça, também ninguém ia ficar sabendo mesmo. Pegou os peixes e ajeitou dentro do oratório e saiu para jogar truco no armazém do Jaca.
            Era janeiro, o calor começou a mexer com os peixes dentro do oratório, exalando forte o cheiro de peixe por todos os lados. Atiçando, assim, seus gatos e todos os bichanos da redondeza. Por tudo quanto era buraco da parede entrava gato. Saquearam o oratório sem dó e piedade. Quando Virgínio voltou a estrela d’alva já brotava no morro do cais. Empurrou a porta, acendeu a lamparina e quase teve um treco quando viu um de seus santinhos abraçados com um dos seus pampos.      

Juíza usa sua própria história para desmascarar as falácias da tão propalada meritocracia.


Símbolo da resistência

Ana Júlia discursou na quarta-feira (26) na tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná para defender a legitimidade das ocupações de escolas como forma de luta pela qualidade da educação pública.
Segundo a ombudsman da Folha, uma espécie de ouvidora que atua sob a perspectiva dos leitores do jornal, a cobertura da imprensa é tímida para a dimensão da luta dos estudantes contra a reforma do ensino médio (MP 746) e contra a PEC 55 (antiga PEC 241) que congela investimentos na educação por 20 anos.

Do Canal O Mundo segundo Ana Roxo


Explicações simples para assuntos complexos 

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