O outono é quando se dá troca de energia.
A energia yang do verão se transforma em yuin representado pelo elemento metal.
Do céu, vem à secura. Os dias vão ficando mais curtos, mais escuros, a manhã e a tarde ficam mais frescas.
Nele, todas as doenças crônicas se agravam. O metal, como um machado, corta a vida da natureza. Caem às folhas, a exuberância da vida diminui.
A cor branca da estação lembra o reflexo metal, a cor da pureza e da essência.
Assim como o metal é a energia refinada extraída da terra e lapidada pelo fogo, o Outono é a estação onde devemos extrair aprendizagens das atividades do Verão.
O corpo segue esse ritmo. O pulmão é um órgão yuin que representa o metal, associado ao intestino grosso que é uma víscera yang.
A energia do metal controla o pulmão, que extrai a energia essencial e expele as toxinas do sangue e do intestino grosso, que elimina a sujidade, enquanto retém e recicla a água do organismo.
O Outono é a estação da Introspecção e da meditação, de reciclar sentimentos antigos, apegos externos e o excesso de emoções adquiridas durante o Verão. Se resistirmos a esta energia e ficarmos aprisionados no passado podemos criar estados de melancolia, de tristeza e depressão, que se manifestam com dores nas costas, dificuldades respiratórias, problemas de pele e diminuição da resistência.
É a época propícia também para as colheitas. Ele detém propriedades tanto do Verão quanto do Inverno, por realizar entre ambos uma ponte transitória. Assim, nele encontramos a diminuição dos períodos de chuva, modificações repentinas no clima, névoas em alguns locais, entre outras.
Outono
O vento atravessa
Sussurra depressa
E ouço os segredos
Que a brisa me conta
Lili Rebuá